Muitas famílias só pensam na organização do patrimônio quando já é tarde. A falta de planejamento sucessório pode gerar custos altos, desgaste emocional e até a perda de bens importantes. O inventário obrigatório, por si só, já impõe desafios — e, sem organização prévia, ele pode se transformar em uma verdadeira batalha.
Inventário: uma obrigação legal e um problema comum
Quando uma pessoa falece, o inventário é o procedimento legal necessário para identificar os bens deixados e partilhá-los entre os herdeiros. Pode ser judicial ou extrajudicial, mas em qualquer um dos casos, o processo pode durar meses — ou até anos.
Nesse tempo, os bens costumam ficar “parados”. Imóveis não podem ser vendidos ou alugados legalmente, contas bancárias são bloqueadas e negócios podem sofrer prejuízos. E o que era para ser uma herança pode virar uma dor de cabeça.
Consequências de não planejar a sucessão
- Custos elevados: ITCMD, cartório, honorários advocatícios, avaliações… A falta de planejamento aumenta os gastos da família.
- Conflitos familiares: sem uma orientação clara, herdeiros podem discordar sobre a divisão, o uso e a administração dos bens.
- Desorganização patrimonial: muitas vezes, nem os próprios herdeiros sabem exatamente o que o falecido possuía.
- Paralisação de empresas: negócios de família podem ser diretamente prejudicados pela demora no processo sucessório.
Planejar é prevenir
O planejamento sucessório permite organizar a distribuição dos bens ainda em vida, com o uso de ferramentas legais como doações com cláusulas restritivas, testamento ou a já citada holding familiar. Dessa forma, o titular escolhe como, quando e a quem deixar seu patrimônio — evitando disputas e preservando a autonomia da sua vontade.
Além disso, o planejamento oferece previsibilidade tributária. Em vez de enfrentar um impacto financeiro repentino com a abertura do inventário, é possível planejar o pagamento dos tributos com mais equilíbrio.
Evite surpresas desagradáveis
Não importa o tamanho do patrimônio: todos que desejam proteger sua família devem considerar um plano sucessório. Afinal, os efeitos de uma sucessão mal resolvida vão muito além do aspecto jurídico — eles impactam a harmonia e a estabilidade familiar.
Organizar a sucessão é um gesto de cuidado com quem você ama. Ao buscar orientação jurídica qualificada, você garante que seu legado seja respeitado e que sua família passe por esse momento com segurança e tranquilidade.